domingo, 30 de junho de 2019

PORQUE YESHUA NÃO ENTROU NO SANTÍSSIMO EM 1844 - II


PORQUE YESHUA NÃO ENTROU NO SANTÍSSIMO EM 1844 - II

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Após ter sido analisado e abordado vários simbolismo e personagens envolvidos neste estudo sem o uso da teologia, ainda analisaremos alguns pormenores que não foram adicionado no estudo anterior.
O sangue do bode que era morto era lançado sobre o propiciatório que ficava no lugar santíssimo do Santuário.Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório. Lev. 16: 15.
Dentro do propiciatório que era conhecido como “ARCA DA ALIANÇA” feita com a nação Israelita antes de ter sido estabelecida a nova alinça, tinha as tábuas feitas por Moisés com a lei dos dez mandamentos ora escrita com o dedo de Deus. E porás a coberta do propiciatório sobre a arca do testemunho no lugar santíssimo. Êx. 26: 34.
Mas porque era aspergido sobre o propiciatório já que havia outros utensílios dentro do santíssimo?
Para entendermos porque o sangue do bode era aspergido sobre o propiciatório onde estava à lei dos dez mandamentos, primeiro temos que descobrir qual é a finalidade desta lei.
1. Por natureza o ser humano já tem dentro de seu coração a lei dos dez mandamentos, ou seja, não há a necessidade que alguma igreja ou pessoa fiquem preocupada em ensinar os mandamentos desta lei como é o costume de algumas religiões. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei. Rm. 2: 14.
2. Os que vivem preocupados em ensinar esta lei e viver publicamente sobre a regência da mesma não dão ouvidos a esta lei para saber o que ela tem a ensinar, é só observarem os que advogam e condenam os outros que lhes não dão ouvidos. Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Gl. 4: 21.
3. Nesta lei não está incluso o amor a Deus ou ao ser humano. É tão verdade que Cristo citou os dois maiores mandamentos da lei que existem além destes dez mandamentos das pedras. O amor a Deus e ao próximo regem a lei e esta lei das pedras jamais rege ou regerá o amor. A lei dos dez mandamentos depende (está sujeita) ao amor, mas o amor não faz parte desta lei e jamais dependerá dela. Esta lei foi escrita em pedras para mostrar a dureza que ela é, já o amor foi escrito com sangue em nossos corações para mostrar que a lei do amor não é impiedosa como os dez mandamentos.  Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos DEPENDEM toda a lei e os profetas. Mt. 22: 36 - 40.
4. A semelhança de Israel, muitos estão buscando a perfeição pela lei das pedras, tentam alcançar a justiça de Deus por intermédio dela, pensam que estão vivendo pela lei da justiça, quando na verdade estão vivendo apenas normas que impões limites as atitudes humanas. Desta forma estes jamais chegaram ou chegarão a viver pela lei da justiça que só é alcançada pela fé e jamais por práticas disto ou daquilo ou de algum mandamento das pedras. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Rm. 9: 31.
5.  A lei dos dez mandamentos não é contra as promessas de Deus, mas a lei que nos justifica não foi dada por intermédio da lei das pedras, porque é impossível ser justificado por intermédio ou pela guarda da lei das pedras, mas muitos estão estabelecendo a lei contra as promessas do Cristo por exaltá-la acima da adoração, do amor e do próximo.Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Gl. 3: 21.
6. Uma das funções da lei dos dez mandamentos é dá vida ao pecado e jamais a graça, sem esta lei o pecado tem existência porém o pecado não poderá ser imputado, ou seja, a função da lei é dá vida e ressurreição ao pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. Rm. 7: 9.
7. Os que vivem preocupados em viver segundo a lei das pedras não são justos perante Deus e os que vivem segundo seus ensinamentos serão justificados, mas não por ter obedecido esta lei, e sim, pela fé de Cristo, a lei impede que a pessoa seja justificada pela fé. Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Rm. 2: 13. - Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Gl. 2: 16. - Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Rm. 3: 28.
8. Não somos justificados por ter guardado alguma parte desta lei porque além de dar vida ao pecado a outra função que ela desempenha é mostrar o pecado e jamais a graça em Cristo. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Rm. 3: 20.
9. Esta lei não é anulada pela fé, mas ao mesmo tempo ela não substitui a fé como muitas religiões tem substituído, a lei permanece com a função de dá vida ao pecado e mostrar a plenitude do pecado e jamais terá alguma função na salvação, ministério da graça ou no processo de justificação. Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei. Rm. 3: 31.
10. Quando a pessoa é salva por Cristo, a lei das pedras perde o valor por completo porque esta pessoa embora continue pecadora ela não vive mais para o pecado, desta forma ela não tem mais utilidade para mostrar o pecado ou para dá vida ao pecado no coração da pessoa uma vez justificada pela fé em Cristo. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê. Rm. 10: 4.
11. Cristo veio para nos resgatar da subjugação e condenação desta lei das pedras para podermos ser adotados como filhos de Deus para a Eternida. Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. Gl. 4: 5.
12. Até fazer debates sobre esta lei como muitos fazem e o fiz no passado não muito distante, é tornar-se inútil e um tropeço à graça de Cristo. Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. Tt 3: 9.
13. Existem mais funções que a lei das pedras desempenha que é fomentar a ira entre as pessoas e jamais a paz. É tão verdade que se uma pessoa questionar um subjugado pela lei, o subjugado enche-se de ira e fomenta contenda, tornando-se juiz e condenando logo o próximo afirmando que o mesmo não tem como ser salvo sem guardar a lei das pedras. Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão. Rm. 4: 15.
14. Outra função que a lei das pedras desempenha é imputar, colocar o pecado na vida do ser humano, ou seja, Satanás induz a pessoa a pecar e quem coloca o pecado no coração é a lei. A responsabilidade do pecado só existe porque existe esta lei passou a existir na promulgação no Monte Sinai, antes o pecado existia, mas, não tinha poder e não poderia ser imputado sobre o ser humano. A destruição do ser humano pelo dilúvio não foi por causa da transgressão de alguma parte da lei das pedras, mas por causa da maldade que sobrepujou a bondade. E viu o Eterno que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Gên. 6:5 Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado, não havendo lei. Rm. 5: 13.
15. A verdadeira lei do amor não foi escrita em tábuas de pedras, mas em nossos corações pela manifestação do Espírito Santo, porém, tem muitos que não creem nesta revelação do Espírito Eterno mas na teologia que ensina que a lei do amor é a lei das pedras. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. II Co. 3: 3.
16. Esta lei das pedras não tem e nunca terá nenhum vínculo com o amor, pois a mesma não passa de ministério da morte e ministério da condenação. E, se o MINISTÉRIO DA MORTE, gravado com letras em pedras... II Co. 3: 7. - Porque, se o MINISTÉRIO DA CONDENAÇÃO foi glorioso... - II Co. 3: 9.

As funções da lei formatada em dez mandamentos são:

1.               Matar (I Cor. 3: 7)...
2.               Condenar (I Cor. 3: 9)...
3.               Reviver o pecado (Rrm. 7: 9)...
4.               Impedir a justificação (Gál. 2: 16)...
5.               Mostrar o pecado (Rom. 3: 20)...
6.               Subjugar (Gál. 4: 5)...
7.               Incitar à ira (Rom. 4: 15)...
8.               Imputar o pecado (Rom. 5: 13)...
9.               Escravizar (Gál. 4: 5, 24)...
10.             Tornar a fé estéril (Gál. 4: 27)...
11.              Fazer inimizado com os da fé (Gál. 4: 29)...
12.             Tirar a herança (Gál. 4: 30)...

Volto a questionar: Mas porque era aspergido sobre o propiciatório já que havia outros utensílios dentro do santíssimo?
O sangue do bode era aspergido sobre o propiciatório e consequentemente sobre a lei, pois a mesma não tem nenhuma ação favorável ao ser humano que deseja ser salvo, ou seja, quando era aspergido o sangue simbolizando o sangue de Cristo, a lei o recebia mas acusava e condenava o pecador arrependido e crido no Eterno.
Ao ser condenado pela lei e como ainda o é, o Sumo Sacerdote tinha que salvar, purificar e justificar o pecador arrependido, para isto ele tinha que fazer a segunda parte da expiação. Ele saia do Santíssimo e sobre a cabeça do bode que estava vivo confessa novamente os pecados para que a pessoa que já estava condenada pela lei e jamais pelo Eterno fosse salva, perdoada de forma definitiva e seus pecados apagados não deixando nenhuma brecha para a lei continuar a condenar o pecador salvo, mostrando como seria o ministério de salvação de Yeshua.
A semelhança de Yeshua este bode era conduzido ao deserto para ser entregue a Azazel, neste caso a lei, esta lei acusadora e e vida do pecado para a mesma ter o desprazer de observar que já não há mais pecados para acusar e condenador o pecador arrependido.
Depois o bode era levado para Azazel (a lei) no deserto por três motivos:
1. O bode não era Azazel como muitos afirmam, ele era conduzido ao deserto simbolizando que Azazel (a lei) não tem nenhuma participação no plano da salvação. Caso o bode seja o próprio Azazel como alguns crer e ensina, neste caso a lei tem participação direta e ativa no plano de salvação o que contraria os ensinamentos da Palavra de Deus.
2. Azazel não era conduzido ao deserto, ele já estava no deserto à espera do bode o que representa a lei seca e sem vida, apenas o bode era levado para ser entregue a ele. Quem foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser entregue a Azazel na cruz fora do arraial foi Cristo, ou seja, o homem que levava o bode para ser entregue a Azazel no deserto representava o trabalho que o Espírito desempenharia com Cristo ao conduzi-Lo ao deserto.

3. O bode que era levado para ser entregue a Satanás no deserto levava os pecados simbolizando que nunca mais seriam cobrados por Deus ou que haverá condenação pela lei uma vez perdoado o pecador e que o mesmo jamais ficaria escrito em Sua presença depois de perdoados como escreveu a profetiza Ellen White.
Surge outro questionamento: Porque na antiga dispensação o bode era levado no final do rito no santuário e na nova dispensação Cristo foi levado para o deserto antes de sua função terminar no santíssimo celestial?
Primeiro temos que entender que todo o ritual relacionado ao primeiro compartimento foi realizado e cumprido na vida de Cristo aqui na terra e que Ele jamais realizou algo no primeiro compartimento quando subiu ao céu, quando Ele subiu ao céu foi direto ao segundo compartimento e jamais ao primeiro como é ensinado.
Os que advogam que Ele ficou no primeiro compartimento até 22 de Outubro de 1844, são os que ainda creem na mentira que Ele voltaria nesta data, e para ocultar esta mentira inventaram esta teoria de Sua passagem nesta data do primeiro para o segundo compartimento, quando na verdade não passa de trapaça espiritual para manter a fé na mentira de sua volta nesta data. Cristo subiu aos céus como Sumo Sacerdote e jamais como sacerdote, no primeiro compartimento só oficiava o Sacerdote e no segundo somente o Sumo Sacerdote. Cristo entrou no lugar Santíssimo assim que subiu aos céus na era apostólica. Enquanto esteve na terra Ele desempenhou o trabalho de Sacerdote, cordeiro e dos dois bodes. Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros... He. 9: 11. – (ACRF). ...entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (NVI). ...mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção. He. 9: 12.
Ao sair do santíssimo Cristo não fará nenhuma obra em favor do ser humano. Ele apenas dará a sentença aos que estão perdidos e voltará para buscar os seus fiéis adoradores do Eterno, com referência à terra Ele vai destruí-la para em seu lugar criar uma nova terra para ser a morada dos salvos conforme as Sagradas Escrituras revela em contraditório as revelações da profetiza americana.
O santuário feito por mãos humanas perdeu o valor e jamais voltará a ser um local favorável à presença de Deus quando o véu rasgou de alto para baixo, mas Deus estabeleceu um novo santuário para habitar que é o ser humano. Quem tem Deus é o santuário de Deus na terra. Este é o verdadeiro santuário que está sendo purificado. Simbolicamente, nós, o verdadeiro santuário que está sendo purificado está no céu.  Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? I Co. 3: 16. - Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e NOS PURIFICAR DE TODA A INJUSTIÇA. I Jo. 1: 9.
Mas a Bíblia diz que no céu tem um santuário que está sendo purificado, como ficaria esta situação?
No céu tem um santuário. Nossa luta espiritual não é na terra (Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Ef. 6: 12). Como nossa luta não é na terra contra todos os poderes das trevas, nossa purificação não é na terra e sim nas regiões celestiais, ou seja, o santuário de Deus que somos é purificado no santuário celestial. O santuário celestial não tem o que ser purificado, pois lá entrou apenas Cristo e jamais algo imundo (PECADO), o pecado está restrito ao nosso mundo, onde está Deus não há pecado e muito menos sua permanência, o pecado só existe onde tem seres humanos e Satanás. Se realmente os nossos pecados estão no santuário celestial como afirmam muitos, o Eterno convive com o pecado o que é contrário a Sua natureza santa e eterna.
Nossos pecados perdoados ficam no santuário celestial como ensina a Senhora White?
Vamos analisar sem preconceitos os seguintes detalhes para ampliar nosso entendimento desvinculado da maldita teologia.
1. Não tem nenhum registro bíblico afirmando que os pecados perdoados continuam nos registros celestiais, somente na mente imaginária de Ellen White.
2. Quando Deus perdoa o pecador, o passado deixa de existir, é como se a pessoa nunca tivesse cometido pecado, sendo assim nem a pessoa ou muito menos Satanás serão responsabilizados por estes pecados perdoados, ou seja, como poderá Satanás ser responsabilizado por algo que não mais existe?
3. Se os pecados perdoados continuam registrados no santuário celestial é porque nunca houve perdão, em outras palavras: Segundo o que você crer e ensina, de forma indireta você está afirmando que Deus engana a pessoa quando diz que a perdoou. Se os pecados continuam registrados no santuário é porque nunca houve o tal de perdão, apenas insinuação. Observaram como vocês estão chamando Cristo de mentiroso, enganador e de Satanás?

DOIS RELATOS IMPORTANTÍSSIMOS QUE OS CRENTES NO BODE AZAZEL SE NEGAM A ENXERGAR.

1) Ora, não se faz inclusão do culto ou adoração de demônios em parte alguma da Tora, e não pode existir a mínima possibilidade de que tal culto surja aqui (e nos versículos seguintes deste capítulo [Lv. 16]). A óbvia solução desse enigma encontra-se na separação das duas partes da palavra 'Azazel', de modo que fique ez azel, isto é, 'O BODE DA PARTIDA OU DA DEMISSÃO'. Noutras palavras, como o versículo 10 deixa bem claro, esse segundo bode deve ser conduzido para fora, ao deserto, para onde deverá encaminhar-se, e de modo simbólico, levar embora os pecados do povo de Israel, retirando-os do acampamento do povo. É inquestionável que a LXX entendeu o versículo e o nome Azazel para (o que for enviado para longe). De forma semelhante, a Vulgata traz capro emissário (para o bode que deve ser despedido). Assim, ao separarmos as duas palavras que foram indevidamente fundidas numa só no hebraico, passamos a ter um texto que faz sentido perfeito no contexto, sem fazer concessão a demônios, cujo exemplo não existe nas Escrituras. Noutras palavras, 'bode emissário' (KJV, NASB, NIV) é a verdadeira tradução a ser empregada, em vez de "para Azazel" (ASV, RSV) (Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas, 1998, 2ª impressão, p.39 ) "azazel, palavra que talvez devesse ser vocalizada como ez azel (um bode de partida) É preciso que se entenda que o registro dos documentos do AT era escrito só com as consoantes; os pontos representativos das vogais só passaram a ser colocados no texto a partir de 800 d.C [Texto Massorético] ...A tradição segundo a qual o bode emissário era o nome de um demônio do deserto originar-se-ia muito tempo depois, e estaria totalmente em desacordo como os princípios da redenção ensinados na Tora. Portanto, é inteiramente errado imaginar que esse cabrito representava o próprio Satanás, visto que nem o diabo nem seus demônios jamais são mencionados desempenhando funções expiatórias em prol da humanidade - que é a implicação dessa interpretação. (Idem p. 137) "A palavra tem sido entendida e traduzida de diversas maneiras. As versões antigas (LXX, Símaco, Teodócio e Vulgata) entenderam que a palavra indica o 'bode que se vai', considerando como derivada de duas palavras hebraicas: ez= bode, e azal= virar-se". Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, p. 1099.
2) A palavra “Azazel” ocorre quatro vezes na Bíblia, nos regulamentos relativos ao Dia da Expiação. — Le 16:8, 10, 26.
É controversial a etimologia desta palavra. Se nos apegarmos à grafia contida no texto massorético hebraico, entãoʽazaʼzél parece ser uma combinação de dois radicais que significam bode e desaparecer. Daí o significado de Bode Que Desaparece. Segundo outra derivação, baseada na crença de que tenha havido a transposição de duas consoantes, significa “Força de Deus”. A Vulgata latina verte a palavra hebraica por caper emissarius, isto é, “bode emissário” ou “bode expiatório”. E a expressão grega usada na Septuaginta significa “aquele que leva embora (afasta) o mal”. http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1200000488#h=7:219-7:600
O bode para Azazel (o bode que desaparece), só vai para o deserto no final do ritual pelo seguinte motivo:
Dentro do santíssimo não era concretizado a purificação por completo ela terminava com a introdução do bode que desaparece para levar sobre si os pecados do povo, terminando nele a purificação. Este ritual cumpre-se no perdão concedido por Deus por intermédio da intercessão de Cristo.

Cristo foi levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo diabo e com Sua morte recebeu a condenação da lei dos dez mandamentos da mesma forma como o povo recebia a condenação em frente da lei no Santíssimo terrestre.
Nos três dias ele ficou isolado da comunidade de Israel da mesma forma como o bode que desaparece ficava ao ser levado ao deserto.
Na sua ressurreição somos salvos, ou seja, purificados, santificados para toda a eternidade, da mesma forma como o bode que desaparece não retornava mais os nossos pecados não mais retornarão. Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. Rm. 5: 10. - O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.  He. 5: 7.
É tão verdade que quem realmente carregou, ou seja, foi responsabilizado por nossos pecados foi Cristo. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Isaías 53:11
Cristo passou a ser Sumo Sacerdote ao aceitar o convite do Pai, na terra Ele desempenhou o trabalho de sacerdote e no céu assumiu uma nova missão. Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. He. 5: 10.
Após Sua morte e ressurreição, Cristo entrou no Santíssimo depois de ter feito a eterna redenção, ou seja, aqui na terra foi sacerdote e voltou ao céu com Sumo Sacerdote. Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. He. 9: 12.
A função dos dois bodes cumpriram seus papais conforme relatados em Levítico 16, não há nada contraditório em ter Cristo subido ao Santíssimo após a função do bode que desaparece.
1) No dia 10 de Outubro do ano 01 e jamais no dia 22 de Outubro de 1844 como ensina Ellen White, Cristo entrou no Santíssimo como mostra as Sagradas Escrituras. Da mesma forma como ela errou na data errou na identificação do bode afirmando ser ele o Diabo. Nesta data foi feita a santa convocação para cumprir as palavras de Cristo: O Pai está em busca dos verdadeiros adoradores, que O adorem em verdade e espírito. Neste período os verdadeiros adoradores estão aborrecendo (afligindo) suas almas por causa dos pecados ao contrário das igrejas que estão apoiando os pecados. Estes verdadeiros adoradores estão oferecendo seus corpos como sacrifício vivo a Deus. Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao SENHOR. Lv. 23: 27.

2) Neste período os verdadeiros adoradores nada fazem para sua salvação ao contrário das igrejas que estão cobrando dízimos e fidelidades a elas e aos pastores para poderem ser salvos. Estamos desde o ano 01 vivendo a expiação realizada por Cristo no lugar Santíssimo. E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o SENHOR vosso Deus. Lv. 23: 28.
3) Neste período as pessoas que estão entrelaçadas pelo pecado e amam o pecado estão sendo erradicada do meio dos verdadeiros adoradores, este trabalho não é visível aos olhos humanos, pois consiste no pecado contra o Espírito Santo e aborrecimento ao Eterno, estas pessoas continuam religiosas, mas sem a essência da verdadeira religião que agrada a Deus. Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo. Lv. 23: 29.
4) Estes verdadeiros adoradores não fazem nenhum trabalho pela sua salvação, eles confiam plenamente no sacrifício que Cristo fez por eles. Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações. Lv. 23: 31.
5) Neste período que Cristo está intercedendo, estes adoradores estão descansando em Cristo, pois o Salvador é o sábado eterno da salvação e descanso de toda alma que cansou de viver em pecado. Sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas; aos nove do mês à tarde, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado. Lv. 23: 32. - b Mat. 11: 28 - 30.
6) A purificação terminava fora do santuário terrestre porque a lei não tem nenhuma participação na justificação da pessoa, ou seja, dentro do santíssimo iniciava a justificação mas a lei estava presente para condenar e para que não houvesse condenação do pecador era necessário que a justificação concretizasse fora do santuário com a introdução do bode que era enviado ao deserto. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas. Rm. 3: 21.
7) Os que advogam ser Satanás o bode que era conduzido ao deserto, são os mesmos que são versados em ensinar que sem a guarda da lei não tem como serem salvos, eles doutrinam desta forma porque eles jamais entenderam o plano da salvação, eles focalizam tanto a lei que torna em impedimento de entender, é por isso que eles não sabem o que afirmam. Querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam. I Tim. 1: 7.
8) Por terem se firmado na acusação de que o bode levado para o deserto é Satanás e afirmarem que sem a guarda da lei não há salvação, eles não conseguem entrar no reino de Deus e estão impedindo de outros entrarem. Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam. Lc. 11: 52.
9) A lei só é boa se a pessoa usá-la da forma correta, infelizmente a grande maioria dos cristãos estão usando ela de forma errada e isto os tem impedido de ver a beleza dos rituais do santuário. Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente. I Timóteo 1: 8.
No santuário terrestre o bode que era enviado para Azazel no deserto no final realmente representa Cristo, embora Cristo ainda esteja no santíssimo do santuário celestial, isto não anula ou descaracteriza a simbologia entre este bode e Cristo.
Não tem nenhum registro dentro das Sagradas Escrituras que faz menção de que este bode representa Satanás como alguns têm ensinado, a teoria que este bode representa Satanás surgiu no oitavo século depois de Cristo e foi adotado por algumas igrejas como sendo verdade e rejeitado as características que mostra ser este bode a representação de Cristo.
Sendo assim, tudo isso faz diferença na salvação da pessoa? Com certeza sim, pois como pode a pessoa ser salva classificando um dos símbolos do salvador como sendo um anjo caído?
O próprio Cristo afirmou que pelos frutos torna-se conhecido toda árvore.
Que as misericórdias do Eterno estejam com todos para ter o conhecimento de Deus.
Autor: Eurias R. Carneiro.

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