O INÚTIL ESFORÇO PARA SALVAR A TEORIA
“EM PROFECIA UM DIA VALE
UM ANO”
Traduzido,
adaptado e condensado por Eloy Arraes Vargas De “adventism´s last stand in
battle for the “year Day formula”. Do Professor Fernand Fisel Professor Emérito
da Indiana University of Penna
INTRODUÇÃO:-
Com o passar do tempo muitas teorias vão caindo no descrédito, seja porque
novas descobertas vão esclarecendo os fatos, ou porque muitas fraudes
intelectuais vão sendo postas a luz. Sempre que o assunto está vinculado a uma
teoria religiosa, as descobertas, causam um tumulto geral, e o pior é que
religiosos fanáticos são capazes de qualquer coisa, menos estudar, para tentar
manter e não aceitar a queda de uma teoria muito amada.
O
chamado princípio, de que nas profecias bíblicas um dia vale um ano, é uma
dessas teorias muito amadas, seja no mundo evangélico em geral, mas fortemente
no meio adventista do sétimo dia. Já tive a oportunidade de vê-la defendida por
pastores pentecostais, por Batistas, e por adventistas dos mais variados nomes.
Sempre que surge alguém que coloca em cheque tal teoria, surgem de imediato os
defensores de plantão, os quais dizem que se fundamentam na Bíblia, e na
realidade citam textos truncados, falsificam descaradamente outros textos e
criam teorias e mais teorias com as quais tentam dar suporte ao tal princípio
Dia/ano. Observe-se que neste texto estaremos nos baseando no texto bíblico.
Sem torções, sem interpretações distorcidas, e, baseando-se na Bíblia não há
como defender tal princípio.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL.
Para que se aceite uma afirmação como um “Princípio fundamental”, é necessário
que tal afirmação tenha uma validade universal dentro de um contexto ou de um
conjunto. Afirmar que a teoria “Dia/ano” aplica-se a todas as profecias bíblicas
é uma total inverdade, basta procurar as profecias bíblicas para verificar que
tal formula não se aplica. Numa fortíssima simplificação, seria possível dizer
que tal formula se aplica as visões do livro de Daniel (caberia aqui decidir se
Daniel era um profeta ou um vidente, mas esse é um assunto para outra ocasião).
Se afirmássemos que tal formula só se aplica ao livro de Daniel (e ao
apocalipse como querem alguns) a formula deixaria de ser um princípio
fundamental e estaria restrita a esse livro, mas a verdade é que nem mesmo no
livro de Daniel é possível afirmar a validade desse “princípio”, como vamos
demonstrar. Até mesmo a formulação dessa teoria se firma em versículos isolados
do velho testamento versículos esses que nem mesmo se referem a profecias.
Examinando o texto Bíblico.
O
sonho de Nabucodonozor (Daniel 4:6,23,25,32) é um caso que deve ser notado. Os
sete “tempos” de alienação preditos contra ele nunca são interpretados seguindo
essa formula, porque será? O texto revela somente que “no fim daquele
período,”(Dan. 4:34), Nabucodonozor voltou a razão. “Tempos” aqui é simbólico,
mas, não é dada nenhuma pista a respeito de sua duração. O que pode ser dito
com certeza é que “sete tempos” deve ajustar-se a um período de sua vida.
Assumindo que a palavra tempo está se referindo a 360 dias no ano, a formula
dia/ano, os sete tempos de Nabucodonozor seriam 2520 dias que corresponderiam a
2520 anos, o que evidentemente é um absurdo. Se não pode ser aplicada aos sete
tempos de Nabucodonozor, porque temos que aceitar que se aplica aos 1260 dias
que se pretende aplicar aos “tempo tempos e metade de um tempo” de Daniel 7:25?
Muitos
teólogos já questionaram a base bíblica dessa teoria e mostraram a irrelevância
dos textos usados a seu favor. Os adventistas em toda as suas ramificações
consideram essa teoria como um dos principais pilares da sua pretensa
interpretação historicista das profecias. Muitos dos argumentos com os quais
apóiam essa teoria derivam da validade de suposições pretensamente
historicistas. O circulo vicioso é evidente, a teoria depende de argumentos
historicistas e os argumentos historicistas dependem da validade da teoria.
Analisando argumentos dos defensores da teoria:
ARGUMENTO 1 DOS DEFENSORES DA TEORIA: -
como as visões de Daniel 7 e 8 são claramente simbólicas, os períodos de tempo
também devem ser vistos como simbólicos.
Não
temos nenhuma razão para discordar desse argumento, mas de nenhuma maneira tais
períodos insinuam um princípio dia/ano ; observe-se “que tempo e metade de um
tempo” ou “tarde e manhã” por sua própria natureza não podem ser usados como
medida de tempo e muito menos como medidas literais de tempo. Se a palavra
“tempo” nesse texto é simbólica, ela pode representar qualquer período de tempo
não especificado. O texto não estabelece nenhuma relação dia/ano, se “tarde e
manhã “ é um texto simbólico, até poderia representar um dia, mas na realidade
esse texto está se referindo ao rito do sacrifício presente no contexto (Daniel
8:11).
Tentar
relacionar tardes e manhãs de Daniel com Tarde e Manhã do gênese mostra o
absurdo, pois, no Genesis essa terminologia é para mostrar que houve dias
claramente delimitados nos dias da Criação.
ARGUMENTO 2 DOS DEFENSORES DA TEORIA: -
As visões se relacionam com o crescimento e queda de impérios os quais se
estendem por centenas de anos, conseqüentemente os períodos de tempos
proféticos devem cobrir longos períodos de tempo.
Os
períodos de tempo, 7:25 e 8:24 não cobrem todo o período de duração de cada
império. Eles cobrem um tempo limitado de opressão pelo chifre pequeno, ou
seja, o tempo que o chifre pequeno profanaria o santuário. Logo não há razão
para assumir a priori que esses períodos se referem a longos períodos de tempo.
De fato três e meio anos de opressão e seis e meio anos de profanação são mais
plausíveis do que um milênio mesmo no contexto dos impérios.
ARGUMENTO 3 DOS DEFENSORES DA TEORIA: -
A expressão de tempo usada demonstra que ela não pode ser utilizada
literalmente. Se ela devesse ser tomada literalmente, “Deus provavelmente teria
dito “ três anos e seis meses”. Tanto o velho como o novo testamento referem-se
a eventos históricos usando referencias de tempo perfeitamente claras. Nós
concordamos que esses períodos de tempo não podem ser tomados literalmente,
devido a sua forma de expressão, mas, isso não é base para estabelecer um
princípio específico de interpretação.
Se
“tempo” (7:25) simboliza um ano, isso não significa que dia simboliza um ano !
Em Segundo lugar fica muito difícil adotar qualquer suposição humana sobre o
que a palavra divina poderia querer dizer, de acordo com a lógica humana. Em
terceiro lugar nos dois períodos de tempo envolvidos quem falava no primeiro
caso era “um dos que estavam lá” (7:16) e no outro era “um santo” (8:13). Os
textos geralmente citados Atos 18:11. II Sam. 2:11 Não são relevantes pois não
são textos proféticos e seguramente lidam com o tempo real da narrativa.
ARGUMENTO 4 DOS DEFENSORES DA TEORIA:
-Em Daniel quatro bestas respondem por um espaço de tempo de mil anos seguidos
pelo poder do chifre pequeno.
Três
anos e meio literais estão fora de proporção para compreender o escopo da
salvação retratada na visão. O mesmo se aplica a apocalipse 12:6 e 14, os quais
cobrem o período histórico entre o primeiro e segundo adventos. Note novamente
que “três e meio tempos” dizem respeito a uma opressão limitada pelo chifre
pequeno o qual não é um império, mas parte de um império em ambas as visões.
Ele é um chifre que emerge dos quatro impérios do capitulo sete, e surge do
segundo, identificado como Grécia no capítulo 8. Mesmo que o foco fosse – em
oposição aos santos do altíssimo, e contra o príncipe e seu santuário - a
proporção de tempo não seria claramente relevante, mas é a enormidade de tais
ações aos olhos do povo que determina o foco e o tempo mais curto referente a
opressão seria o melhor.
Tais
proporções só poderiam ser assumidas se Daniel fosse ele próprio um
historicista e, não estivesse lidando com circunstâncias ligadas ao seu tempo.
Semelhantemente usar o apocalipse para explicar Daniel torna a situação mais
complicada para ser entendida.
1 -
João em Patmos diz que a besta surgiu do mar (Apocalipse 13),
2 -
Mas ela era composta por partes de varias bestas com múltiplas cabeças coroadas
e com chifres,
3 -
Isso não corresponde ao modelo apresentado em Daniel,
4 -
Que João usou o simbolismo de Daniel e outros profetas, não pode ser negado,
mas, ele usou suas próprias interpretações e como referências para fatos
totalmente diferentes.
Quanto
aos períodos de tempo, tudo que ele fez foi comparar o "tempo, tempos e
meio tempo" com 42 meses e 1260 dias, mas nenhuma equivalência em anos é
sugerida. Só se nós assumimos que João predisse, sem perceber que estava
predizendo, que o milênio ocorreria antes do segundo advento, nós deveríamos
também assumir que aqueles dias deveriam chegar ao nosso tempo. O fato de que
ele esperava a “Parousia” eminentemente, como indicam as promessas para as
igrejas contemporâneas da Ásia (especialmente Filadélfia) durante o período de
sua vida, não há nenhuma razão a priori para contar os dias como se fossem
anos.
A
mulher simbólica em apocalipse 12 representa a igreja do seu tempo, e ela não
precisaria ser mantida por 1260 anos de opressão, mas, 1260 dias já seriam uma
opressão substancial.
ARGUMENTO 5 DOS DEFENSORES DA TEORIA . -
Em Apocalipse (11:2, 3; 12:6, 14; 13:5) todas as referências de tempo
aplicam-se ao mesmo período. Ainda aqui "três anos literais e seis
meses" nunca são usados. A variedade de expressões usadas são
significantes se aceitarmos o princípio dia-ano, caso contrário seria
inexplicável.
Quando
se fala em 42 meses e 1260, dias estamos usando uma expressão de tempo
perfeitamente normal a qual não requer nenhuma explicação mais acurada. Mas se
usarmos “tempos” (Apocalipse 12:14) para representar um longo período é
perfeitamente explicável se o objetivo é harmonizar tempo simbólico com visão
simbólica, não obstante nenhuma dessas referencias de tempo expressam a equação
“um dia por um ano”
ARGUMENTO 6 DOS DEFENSORES DA TEORIA. - As
Visões de Daniel 7-8 e 10-12 indicam o tempo do fim, Seguido pela ressurreição
e a implantação do reino de Deus. O tempo histórico que eles descrevem se
estende desde Daniel no sexto século A.C. até nosso tempo e além. Um pequeno
período não poderia chegar a este tempo atual e futuro, eles devem ser
simbólicos de períodos consideravelmente longos.
O
Dr. Pfandl’s produziu uma dissertação sobre “ os últimos dias e o tempo do fim
em no livro de Daniel” (www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/.../com912009.doc)
isso pode soar como uma terrível presunção, deixando de fora algumas passagens
de Daniel colocadas sob questionamento na noção de que O conceito do tempo do
fim refere-se a nossos dias. De acordo com Daniel 11:40 - 43, Moab, Amon, Egito
com os Líbios e os Núbios fariam parte das nações existentes no tempo do fim e
essas nações não fazem parte das nações modernas que ocupam os territórios que
lhes pertencia. Em Daniel 8:19 a frase “no tempo da ira” esta ligada a “no
tempo do fim” e ligada com “no final do reinado deles (sucessores de Alexandre)
Daniel 8: 23 o que é apontado como “tempo do fim”. O contexto claramente mostra
que a perseguição do chifre pequeno surge depois (8: 9) dos quatro reinos que
substituem Alexandre.
O
aparecimento e o desaparecimento do chifre pequeno não ocorrem nem provoca o
final da História e, muito embora a visão do capítulo 8 fosse para muitos dias
ou para um futuro distante, (8: 26) era a previsão da restauração do Santuário
e de seu ritual legitimo (9: 24) Todas estas “coisas extraordinárias” ou
maravilhas (12: 6) e a anunciada ressurreição eram aparentemente esperadas no
tempo predito “tempo, tempos e metade de um tempo (12:6 - 7). Nós somos levados
a concluir que tanto Daniel como João em Patmos aguardavam o messias ainda em
seu tempo, o iminente “fim dos Tempos” é uma característica familiar ao
messianismo e a literatura apocalíptica. Somos levados a concluir que as visões
de Daniel não descreviam o “fim da História” estendendo-se até o nosso tempo,
nem os reinos (ou nações) conhecidos em nosso tempo.
ARGUMENTO 7 DOS DEFENSORES DA TEORIA. A
única medida de tempo, comumente usada, que não aparece nas visões de Daniel e
apocalipse é o ano, conclui-se pois que a palavra “tempo “ refere-se a ano. Tal
afirmação não se sustenta pois embora não apareça a palavra “ano”, a palavra
“anos” aparece 3 vezes em suas visões; “depois de alguns anos (11: 6), “durante
alguns anos” (11: 8), “depois de vários anos” (11: 13), e em apocalipse (9: 15)
e ano faz parte de um tempo maior, o milênio em Apocalipse 20. Logo a dedução
de que em profecia “um dia vale um ano” não tem nenhuma sustentação.
ARGUMENTO 8 DOS DEFENSORES DA TEORIA. Há
vários textos nas narrativas históricas e poéticas da Bíblia hebraica nos quais
se estabelece dias para anos , isso é uma prova para que se possa estender a
aplicação dessa relação aos fatos apocalípticos.
Quatro
dos textos referidos como textos históricos referem-se a um evento anual que se
aplicava a um ou mais dias são eles: A
observância da Páscoa (êxodo 13:10), a
confecção da roupa sacerdotal para o jovem Samuel ( 1 Samuel 2:19) o sacrifício anual para a comunidade 1
Samuel 20:6), Os quatro dias de
comemoração pelo sacrifício da filha de Jephtah (Juízes 11:40). Para esses
episódios um ou mais dias por ano, há uma infinita distancia hermenêutica para
se conceituar que em profecia um dia vale um ano. Os textos poéticos e
históricos referidos usam dias (plural) e anos (plural) em paralelismo como
sinônimo para a duração da vida humana (Job 10:5; 36:11; Ps. 77:5; 90:9-10).
Aqui, novamente um dia não significa um ano, mas são sinônimos para a duração
da vida humana. Cf. Johannes
Botterweck, ed. Theological Dictionary of the Old Testament, s.v.yom, Vol. VI,
pp. 16- 17 For the following analysis, I am largely indebted to Frank Basten,
Ibid.
Em
hebraico, quando a palavra dia é usada no plural sem um número que a anteceda,
essa afirmação se refere a um período de duração indefinida. Afirmar que esses
usos idiomáticos, totalmente sem conexão com a interpretação profética é usada para
a invenção da formula dia/ano e isso é claramente uma forma distorcida de
pensamento.
ARGUMENTO 9 DOS DEFENSORES DA TEORIA. As
profecias de julgamento em Números 14:34 e Ezequiel 4:6 usa o principio dia/ano
como um dispositivo pedagógico. Dizer que esses textos estabelecem um
dispositivo pedagógico vai além do simples erro de argumento, essa afirmação
chega a desfaçatez, pois essa idéia parte da suposição de que os leitores lerão
esses textos sem prestar a devida atenção e com o raciocínio preparado por uma
lavagem cerebral anterior.
Basta
ler os textos citados, sem lavagem cerebral, para ver que nenhum dos dois trata
de profecia, ambos tratam de penalidades; ademais em números temos dias/anos e
em Ezequiel temos anos/dias, em números uma multiplicação e em Ezequiel temos
uma divisão, ou seja, são textos totalmente contrários entre si, pretender
estabelecer a tal regra “ em profecia um dia vale um ano” com base nesses dois
textos é no mínimo má fé. Se essa formula tivesse alguma validade como
analisaríamos os 70 anos de Jeremias ou os mil anos de João? usaríamos para
cada dia um ano ou para cada ano um dia?
A
formula não pode ser classificada como “princípio de hermenêutica” pois não tem
uma regularidade verificável, é ambígua e seu uso torna-se questionável.
Trata-se de uma afirmação questionável escolhida pelo interprete que a usa por
razoes teológicas e aplicado deliberadamente segundo as suas preferências.
Argumento 10 dos defensores da teoria. Em Daniel 9:24 as 70 semanas
cumpriram-se no tempo exato se nós usarmos o princípio dia/ano para interpretá-las.
Muitos interpretes reconhecem que as 70 semanas são, na realidade, “semanas de
anos” abarcando desde o império persa até o tempo de Cristo. Dizer que o
cumprimento desta profecia “no momento exato” depende de qual conjunto
histórico, textual e exegético foi escolhido pelos interpretes conservadores.
Tal
afirmação deve ser demonstrada inequivocamente. Mas as datas do começo,
desenvolvimento e fim do período não podem ser estabelecidas com certeza
absoluto tudo depende da interpretação que for adotada, depende ainda da
validade do texto massorético que for usado. Na visão Gabriel responde a
preocupação que Daniel tinha com a profecia dos anos de Exílio feita por
Jeremias (25:8-14; 29:10) é evidente que as 70 semanas tem sua base nos 70 anos
preditos, além disso as visões de Daniel repetem referencias ao profeta
Jeremias, Gabriel não faz uma reinterpretação dos 70 anos, a qual originalmente
se referia ao exílio em Babilônia, Gabriel trouxe uma resposta a oração de
Daniel sobre o futuro de Jerusalém e de seu santuário( Dan.9:16-18) o que se
seguiria ao final do tempo do exílio. A estrutura de tempo da nova profecia não
é baseada em termos de tardes e manhãs do capítulo 8, As palavras de Gabriel
referem-se a desolação do santuário e a depredação ao qual estava submetido. No
tempo de Zacarias, acreditava-se que os setenta anos de exílio estavam prestes
a terminar (Zacarias 1:12, 7:15).
Daniel
tinha uma preocupação similar (9:2) a qual era a reconstrução da cidade e seu
desolado santuário e na volta do povo para Jerusalém. Nada desses textos
justificam a formula dia/ano. O reconhecimento por muitos interpretes, de que
esta profecia refere “semanas de anos”, não envolve uma afirmação de “dias em
anos” por muitas razões nem mesmo uma aplicação aos dias do apocalipse. A
teoria atribuída a Jean Philippe Lois de Chezeaux na qual os 1260 anos
correspondem a um ciclo lunar e 2300 anos refere-se a um ciclo solar torna-se
invalida a luz dos cálculos modernos, seu autor, um médico e numerologista
suíço era simplesmente um numerologista amador que avidamente procurou
ajustar-se a figuras bíblicas tal teoria em nada ajuda a confirmar a teoria
Dia/ano em profecia.
Mesmo
quando se pretenda medir o tempo em jubileus, semanas de anos ou anos, isso
nunca implica na conversão de dias em anos, mas simplesmente que existiu pelos
sacerdotes uma aplicação do conceito sabático para anos. Aqui novamente o
conceito de sábado ou semana é meramente uma extensão lógica da aplicação para
anos.
CONCLUSÃO: -
Os historicistas não tem tido sucesso ao tentar ancorar a teoria dia/ano nas
escrituras. Isso não é um princípio, não é uma regra válida de hermenêutica.
Nas suas origens e uso histórico, essa teoria é um paradigma imposto sobre o
texto para substanciar a convicção historicista de que a profecia apocalíptica
previu eventos modernos até em seus detalhes. Isso leva a outros
questionamentos, como pode um verdadeiro profeta ignorar Roma, Bizancio, Islam,
América, e o resto da história?
Os
dias meses e anos da profecia deveriam ser alongados se eles eram relevantes
para os tempos modernos.
Foi
o desejo dos exegetas que se tornou o pai desse método e da teoria “um dia em
profecia é igual a um ano”. Em “o fim do historicismo se mostra que Daniel, e
João em Patmos disseram muito menos do que seus proponentes pensaram. O
adventismo de Daniel e João se assemelha a todos os milerianos que caminharam
sobre esta terra desde o tempo deles. Jesus e seus discípulos e apóstolos
esperavam uma intervenção divina iminente. Os historicistas estão condenados a demonstrar
todas as inconsistências de sua teoria; no futuro os historicistas procurarão
encontrar novos caminhos, os quais confundirão os historicistas atuais.
Afortunadamente sempre haverá uns poucos deles, cuja paixão pelo serviço,
justiça e liberdade de consciência pesa mais do que seus desejos proféticos,
eles hão de querer mais esclarecimento e a despeito da queda da sua obsoleta
hermenêutica nos deixarão recuperar Daniel como um irmão em serviço com
humildade e generosidade. Da forma como está, esses historicistas prestam um
desserviço a interpretação e se colocam na mesma condição de nostradamus e Jean
Dixon.
Por:
Eurias
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